Sigo palavras e busco estrelas
O que é que o mundo fez
Pra você rir assim
Pra não tocá-la, melhor nem vê-la
Como é que você pôde se perder de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
E você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê
Fico acordado noites inteiras
Os dias parecem não ter mais fim
E a esfinge da espera
Olhos de pedra sem pena de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
Você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê
Já não consigo não pensar em você
Já não consigo não pensar em você
Os Paralamas do Sucesso
Apesar desta não ser uma música nova (tá, tudo bem essa música já foi lançada há séculos...), atualmente ela é a minha música preferida. Não me perguntem o porque, que eu também não sei... Juro que eu estou tentando enjoar dela, mas está difícil.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Querido diário...
Outro dia, mexendo em umas bagunças, encontrei meus diários de três anos atrás, quando ainda estava no ensino médio...
Que experiência!
Me senti como se estivesse lendo as memórias de outra pessoa. Não me reconheci naquelas linhas...
Era engraçado como eu descrevia detalhe por detalhe de meros acontecimentos na minha vida, que naquele momento eram considerados de suma importância e chegava até a reconstituir diálogos que haviam marcado um dia, um acontecimento em especial; as paqueras, as amizades e principalmente as esperanças...
Devo confessar que mudei bastante; não radicalmente, mas com certeza aprendi muito. Principalmente com as pisadas de bola e as desilusões (nem sempre amorosas...).
Tem até um trecho do meu diário em que menciono pela primeira vez o desejo de me graduar em Jornalismo (e cá estou!), isto foi no meu 2ºano e pra ser sincera não sei em que momento cheguei a conclusão que Jornalismo era a melhor opção depois de Astronomia (pois é, sem dúvida eu vivia no mundo da lua, para querer fazer esse curso...).
Enfim, foi bom reler minhas memórias, afinal tudo que vivi desde então me transformaram no que sou hoje e realmente não estou insatisfeita com o resultado (podia ser melhor, é claro, mas estou a caminho do melhor. Sempre!).
Que experiência!
Me senti como se estivesse lendo as memórias de outra pessoa. Não me reconheci naquelas linhas...
Era engraçado como eu descrevia detalhe por detalhe de meros acontecimentos na minha vida, que naquele momento eram considerados de suma importância e chegava até a reconstituir diálogos que haviam marcado um dia, um acontecimento em especial; as paqueras, as amizades e principalmente as esperanças...
Devo confessar que mudei bastante; não radicalmente, mas com certeza aprendi muito. Principalmente com as pisadas de bola e as desilusões (nem sempre amorosas...).
Tem até um trecho do meu diário em que menciono pela primeira vez o desejo de me graduar em Jornalismo (e cá estou!), isto foi no meu 2ºano e pra ser sincera não sei em que momento cheguei a conclusão que Jornalismo era a melhor opção depois de Astronomia (pois é, sem dúvida eu vivia no mundo da lua, para querer fazer esse curso...).
Enfim, foi bom reler minhas memórias, afinal tudo que vivi desde então me transformaram no que sou hoje e realmente não estou insatisfeita com o resultado (podia ser melhor, é claro, mas estou a caminho do melhor. Sempre!).
segunda-feira, 30 de março de 2009
Desdém
Andas dum lado pro outro
Pela rua passeando;
Finges que não queres ver
Mas sempre me vais olhando.
É um olhar fugidio,
Olhar que dura um instante,
Mas deixa um rasto de estrelas
O doce olhar saltitante…
É esse rasto bendito
Que atraiçoa o teu olhar,
Pois é tão leve e fugaz
Que eu nem o sinto passar!
Quem tem uns olhos assim
E quer fingir o desdém,
Não pode nem um instante
Olhar os olhos d’alguém…
Por isso vai caminhando…
E se queres a muita gente
Demonstrar que me desprezas
Olha os meus olhos de frente!…
Florbela Espanca
Pela rua passeando;
Finges que não queres ver
Mas sempre me vais olhando.
É um olhar fugidio,
Olhar que dura um instante,
Mas deixa um rasto de estrelas
O doce olhar saltitante…
É esse rasto bendito
Que atraiçoa o teu olhar,
Pois é tão leve e fugaz
Que eu nem o sinto passar!
Quem tem uns olhos assim
E quer fingir o desdém,
Não pode nem um instante
Olhar os olhos d’alguém…
Por isso vai caminhando…
E se queres a muita gente
Demonstrar que me desprezas
Olha os meus olhos de frente!…
Florbela Espanca
sexta-feira, 27 de março de 2009
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Fernando Pessoa
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Fernando Pessoa
quinta-feira, 26 de março de 2009
Soneto a quatro mãos
Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
Vinicius de Moraes
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
Vinicius de Moraes
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